Flores se formam incrustadas em seu tronco.
O vento e a chuva muitas dispersam.
Algumas, mais forte ou teimosas permanecem.
De início um ponto negro, que como uma gota de tinta vai se ampliando em um
mata-borrão.
Pássaros volteiam entre as pérolas negras e gotículas de prazer vão saboreando.
Pequenas vespas usufruem os caminhos abertos.
E o que é uma grande desconhecida na natureza do mundo fica disponível
às nossas volúpias brasileiras.
Do negro do seu casulo, escorre o sumo doce na boca, para recebermos a
semente maturada pelo sol e pela chuva.
Junto com os pássaros e as vespas, nos regozijamos nas suas delícias, onde uma
só não basta.
E melhor que o sabor do comer é o sabor das lembranças de criança.
Quando me perguntam qual o sabor da Jabuticaba, respondo: - o da infância.
aiaam






