Fui mambembe.
Andei pelos palcos da vida.
Às vezes palhaço
Outras Valente.
Vivi emoções
A luz dos refletores,
No ocaso dos camarins.
Ri risos que não queria
Lágrimas que não senti.
Vesti fantasias
Que se desfaziam.
Vi o agrado fácil
A amizade rasa.
Tive o ego dos aplaudidos,
A ilusão dos abraços ,
O esplendor dos salões.
Fui Otelo, o Malandro da Ópera,
Quixote com Dulcineia,
O herói do sertão.
Fui o trapalhão dos domingos,
O princípio e o fim
Da canção.
Vivi os aplausos e risos
E o silêncio duro da plateia,
Ao final da função.
eao

Maravilhoso!
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