Surgindo entre os coqueiros, a
lua alva que de prata tudo banhava, branqueou a imagem saída das sombras.
A fria areia revolveu-se em
leve torvelinho e a meus pés se postou. Batendo em meu corpo, calafrios gerava que
corriam e se concentravam em meu estômago.
Eu menino, novo no amor pendia minhas mãos sem destino.
O bater do meu coração mais
alto era que o murmurejar das águas.
Estremeci, quando, a leve seda
de dedos me tocou e despertei da ansiedade com o sorriso que tomou meus
olhos.
Abracei seu corpo e, na maciez
da pele, depositei minhas mãos perdidas.
Seus lábios, envolvendo uma
língua morna, calaram as poucas palavras que temiam sair.
Um sentimento que não
conhecia correu meu corpo e, como um ímã, me atraia.
Seus braços me aprisionavam e
sua perna adentrava as minhas. Nossas bocas em uma se tornavam.
As mãos corriam pela minha
nuca, meu peito, meu sexo. Sua língua despertava desejos dispersos, que sequer
imaginava existirem.
O prazer se agigantou em mim.
Minhas mãos, querendo novos
contatos, se embrenharam em suas roupas.
Toquei intimidades
desconhecidas.
O arfar do seu peito, o
torvelinho dos cabelos, a quentura da boca, a maciez das mãos e do corpo, como
química, borbulharam em meu ser.
Um redemoinho de desejo me
dominou.
Incontroladamente, como um
raio, meus prazeres e meu corpo se soltaram.
Meio tonto, bobo e solto ouvi
seu riso.
Senti seu beijo em minha face
e distanciando-se rindo, ouvi suas palavras, em doce maciez:
- Meninos!
Agora eu gostei, de volta a ativa!!! Mais um texto muito bom!!!
ResponderExcluirQue lindo!!!!
ResponderExcluirMaravilhoso texto.
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