Em uma aula de escrita, pediu-se que os alunos escrevessem em
10 minutos lembranças de sua infância. Um retrato, um brinquedo, uma cor, um
local, uma pessoa, um fato. A lembrança que fosse mais presente e se possível
primeira, da sua infância.
Alguém escreveu a seguinte:
“Éramos imigrantes espanhóis e nossa primeira morada aqui no
Brasil foi em um cortiço. Lembro de um colchão no chão. Cobertores largados.
Malas ao canto. Roupas sobre a cama.
Era um pequeno quarto sem janela, com uma porta para o
corredor.
Pessoas passavam curiosas olhando para dentro.
Parecíamos estar em exposição, como animais.
Minha mãe me deixava com uma senhora negra, que vivia em um
barraco ao lado de onde estávamos, enquanto saía em busca de roupa para lavar.
A vizinha não me entendia e eu a ela. Havia uma diferença de
línguas nos separando.
Lembro-me dos gestos, dos desencontros e dos risos.
Ela demonstrava carinho comigo.
Para comer fritou em uma frigideira velha, enegrecida por
ser usada em fogão a lenha, um feijão velho, que comi com satisfação. Até hoje,
ele não me sai da memória. Sempre que lembro o seu sabor me vem a boca.
Este foi o primeiro sabor da minha vida.”
As lembranças sempre são melhores que a realidade. Provavelmente,
esse feijão hoje não tenha o sabor daquele. É como o quintal de um parente
distante, com sua árvore. Eram enormes na nossa lembrança. Hoje, quando os
olhamos vemos que não possuem a dimensão que imaginávamos.
Pergunto aos que me estão lendo, qual a sua lembrança da
infância? Nos diga. Divida conosco as imagens que estão dentro de você, que ficaram
daquela época.
Escreva no blog, no face, no whatsapp. Partilhe essa memória.
madam

Eles brincavam meninos e meninas os menores tinham 3anos e atrapalhavam as brincadeiras.resolveram deixar os dois o portuguesinho Eva loirinha a mãe dela veio chama-la para o almoço e ele levou o portuguesinho a tiracolo o almoço era arroz feijão e bife. O portuguesinho não conhecia feijão não comeu sentiu ânsia.Domorou muitos anos para ele se acostumar a essa iguaria
ResponderExcluirQue memória do primeiro sabor!
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