4/29/11

Filho da Puta

"Meu filho, que na ocasião tinha 23 anos,  me ligou:
- Pai, um moleque bateu no meu carro. Vinha a toda e no cruzamento acertou a lateral traseira do meu carro, estando totalmente errado. Corre pra cá que ele está sem documentos, tanto do carro como a carteira de motorista. Podemos dar uma fudida nele.
- Onde você está?
Estava a duas quadras de casa. Fui para lá.
Era um garoto, com uns quatro anos menos que meu filho. Começou a choramingar que saíra com o carro do pai às escondidas. Já conversara com seu pai pelo celular e este pedira que eu ligasse.
Meu filho me disse:
- Chama a polícia, vamos dar uma ferrada no moleque.
Eu como pai, vendo a situação do garoto, em que o susto da batida já estava lhe servindo de lição, topei conversar com seu pai ao telefone:
- Eu gostaria que o senhor viesse até aqui e acertamos a situação. Eu moro a cinco minutos daí.
Levando em conta que o pai daria uma boa reprimenda do filho, considerei a situação e concordei ir até sua casa.
Entrei no carro do meu filho e seguimos o rapaz. Meu filho voltou a me dizer:
- Você deveria ter chamado a polícia.
Expliquei as razões que me levavam a tomar aquela decisão.
Chegando ao prédio em que morava, estacionamos do outro lado da rua. Seus pais estavam no portão esperando. Tão logo encostamos, a mãe correu em direção ao filho e lhe deu os documentos. O pai veio falar comigo:
- Vamos para a delegacia fazer um BO e cada um cuida do seu prejuízo.
- Você me pediu que viesse para solucionarmos a situação. Caso eu chamasse a polícia o seu filho estaria em uma situação bastante complicada. Resolvi, como pai, atender a tua solicitação. Agora você me vem com essa conversa de irmos à polícia?
- Vamos para a delegacia fazer um BO.
- Você nota o exemplo que está dando ao seu filho e ao meu? Eu vim até aqui no objetivo de te ajudar e ao teu filho, atendendo a solicitação de um pai e você me faz de idiota?
- Vamos para a delegacia. – insistiu, sem mais nada dizer.
Meu filho a tudo presenciou.  Entramos no carro e seguimos para a delegacia. Ele me falou:
- Pai, você deu uma de trouxa.
Aquilo doeu mais que doeria o conserto do carro."

Contei esta estória a um amigo durante almoço e acrescentei:
- O sujeito estava, naquele momento, educando seu filho a ser um filho da puta. Um exemplo desses, só pode vir de um indivíduo que também é um filho da puta. Meu filho, toda vez que comentamos este fato, diz que fui tonto.  Todas às vezes, tenho que explicar as razões que me levaram a fazer o que fiz.
Meu amigo ponderou:
- Você hoje está aqui, comigo, comendo uma comida maravilhosa e bebendo um vinho bom. Tem uma vida profissional e familiar boa. Seus filhos são ótimas pessoas. Pode crer que esse sujeito, muito provavelmente, já deve ter colhido o fruto dessa semente.
Ele tinha razão nessa ponderação. Pensei, entretanto, quantos péssimos exemplos temos em nosso país, no simples desejo de se levar vantagens?
Muito dos nossos mandatários, políticos e outros homens públicos, que deveriam servir de modelos, mentem, distorcem a moral e a ética, no objetivo de atenderem os seus interesses. Que exemplos estarão dando ao nosso povo? O DE SEREM FILHOS DA PUTA?






4/26/11

Pensamentos e Frases Idiotas 16

O BRASIL ESTÁ EXPORTANDO TECNOLOGIA – Tecnologia de Invasão de Terras.  Que o diga o MST no Uruguai.  Só espero que não seja com o nosso dinheiro.
DEMAGOGIA. Como o poder público não consegue desarmar os bandidos, e retirar de circulação as armas ilegais, prefere, um plebiscito sobre desarmamento dos cidadãos que possuem armas legais.
Dizem que o Aécio Neves não deu um “carteiraço” na blitz de trânsito.  Será que o “carteiraço” também estava vencido?
O PSD do prefeito “Kemsabe” não é de direita, nem de esquerda e nem de centro. É um partido amplo e irrestrito. Cuidado PMDB para não perder o espaço!

4/18/11

Metamorfose

                     

       
                              Sou tudo, sou nada, sou a natureza que se espraia.
                               Terra, água e fogo. Sou diverso.
                               Sou dor e alegria, pois em momento rio, em outro choro.
                               Sou eterna procura. Quando chego, reinicio.
                               Há momentos que não me conheço,
                               Em outros sou um antigo amigo.
                               Sou hoje, não o ontem e amanhã não sei.
                               Sou minha própria transmutação.
                               Serei completo e único quando morrer.

4/14/11

Horror

O fato que ocorreu no Colégio Tasso da Silveira, no Rio de Janeiro, foi um verdadeiro horror.  Só não foi maior o número de mortos e feridos graças a policiais que participavam em uma operação de trânsito e foram avisados por um aluno ferido. Entraram na escola, no meio do caos e de tiros, e pararam o doido que executava a chacina.
Esses policiais, expondo-se na busca de salvar vidas, me fez refletir um fato.
Outro dia, na sala de espera de um cliente, que usualmente visito, conversando com sua jovem e simpática recepcionista, perguntei se morava perto. Respondeu-me que sim e bastava uma condução para chegar ao serviço em 40 minutos, mas que desejava se mudar.
- Por quê? – perguntei.
- Há muitos bandidos onde moro e meu marido é policial.  Quando lavo sua roupa tenho que ter o cuidado de colocá-la no fundo do quintal, com uma série de roupas na frente, para que não a vejam da rua.
Contou-me que apesar dos cuidados, para não saberem da profissão do marido, em dezembro do ano passado, ele estava em uma blitz de rotina e revistou uma pessoa, que reside em sua rua, e é tida como bandido.  Este o reconheceu. Inclusive, dias depois, quando ela andava pela rua o indivíduo a ficou encarando.
Passou um Natal e Ano Novo angustiada, chorando, pois, tem dois filhos e ficou com medo do que poderia lhes acontecer.
Mora no Capão Redondo, onde tem sua vida, escola do filho mais velho e a proximidade da casa da sogra que cuida das crianças, enquanto trabalha. Estava tentando mudar, mas se deparava com dificuldades de encontrar uma casa, relativamente próxima a sua sogra, com um aluguel apropriado ao valor que paga hoje, visto morar no local há anos, e de obter seguro fiança para a locação.
Pensei na quantidade de homens e mulheres que precisam vestir suas fardas às escondidas, para o trabalho de proteger os nossos bens, as nossas vidas em policiamentos, em lutas contra a bandidagem, combates de incêndios, enchentes e correndo no meio do trânsito para nos socorrer.
Quantas dessas pessoas não estarão vivendo problema igual a este ou quem sabe pior, tendo seus filhos de esconderem a profissão dos pais, quando deveriam ter orgulho e admiração?
Estes profissionais deveriam ganhar salários condizentes ao seu trabalho, para terem uma vida digna e segura. É uma atividade permeada de maus caracteres, como há em toda a sociedade. Estes, precisam ser combatidos e repelidos.
Os médicos, amenizam as nossas dores e salvam as nossas vidas quando estamos mal. Os Policiais Militares nos protegem para que os médicos não necessitem salvar nossas vidas e amenizar nossas dores.
Observei a foto de um morador de Realengo no Rio de Janeiro beijando a mão do policial que parou o insano matador. Todos nós, deveríamos, como este cidadão, beijar as mãos desses homens e mulheres, que expõem as suas vidas na proteção da nossa e agradecer.




4/11/11

Pensamentos e Frases Idiotas 15


Só merece afeto quem antes cultiva o respeito – Daniel Pisa – OESP 03.04 (esta não é idiota)

O Ministro Mantega está mais para manteiga. Manteiga no pãozinho dos investidores estrangeiros.

Segundo o Ministro “os capitais são muito criativos. Você fecha uma porta e eles abrem outra” – Creio que esquecerem de dizer isso a ele.

Um é pouco, dois é bom, três dá para fazer um ménage à trois.

4/06/11

Filhos

As mulheres se sentem mães desde o momento que se sabem grávidas.  Nós homens, somente quando vemos aquele pequeno ser na nossa frente é que realmente sentimos o peso de sermos pais.
Tratamos de proteger, amar incondicionalmente. Queremos o melhor, mais do que pudemos ter. Tentamos aplainar os caminhos para que não sintam dificuldades, para que não tropecem.
Pegamos pelas mãos e os levamos para o que consideramos ser o melhor.  Somos responsáveis pelo que de bom e de ruim acontecer. Tentamos fazer o melhor.
Chega a adolescência e tentam assumir as suas decisões.  Pela pouca idade e nossos receios impomos a nossa. Momentos de conflitos.
Quando adultos, tratam de trilhar os seus próprios caminhos. Claro fica que passam a colher o fruto das suas decisões, seja qual for ele. Só nos resta estar por perto para aconselhar, apoiar e torcer.
E chega a vida com suas chibatadas, com suas armadilhas, com seus falsos encantos.
Buscam seu novo equilíbrio, as suas novas respostas. Às vezes se vêem obrigados a trilhar caminhos pedregosos que machucam os pés e dificultam a caminhada, fazendo-a mais longa e dura.
A nós, só nos resta permanecer com a mão estendida para que possam nela se apoiar, nosso colo para que possam descansar, nossas palavras para dividir as incertezas e nossos olhos para que, escondidos, derramemos, também, as suas lágrimas.

4/01/11

Swing

- Arnaldo, vamos participar de um Swing ?
- Marisa, o que é isso ?
- É uma troca de casais.
- Que loucura e essa?
- Você não diz que tá a fim de fazer sexo com outras pessoas?
- Tudo bem eu falo isso na hora da metida, só pra dar tesão. Daí a aconter é outra coisa.
- Os casais modernos fazem Swing. É bom para esquentar o relacionamento. A Anita do escritório, ela participa com o marido.
- A Anita !!!
Sua boca se encheu de água. É uma morena mignonzinho por quem tem um enorme tesão. Corpo bem formado, peitinhos empinados. Vive sonhando com ela enquanto mete com a mulher.
- A Laura também participa com o marido.
- A Laura do RH ?
- Sim.
Aquilo é um mulherão pra ninguém botar defeito. Loira, peitudo. Usa uns decotes, que pelo amor de Deus. E tem uma bunda. Uma bunda, não, uma linda lordose.
Passou a semana com aquilo na cabeça. Sonhando ter as duas ao mesmo tempo. A relação com a Marisa até esquentou aquela semana por conta da libido acessa. Parece que do lado dela acontecia a mesma coisa. Durante o sexo só falavam de um e o outros com outra pessoa, juntos com mais gente. Os dois estavam pegando fogo.
Chegou a 6ª feira e a sua mulher disse:
- A Laura perguntou se nos queremos ir hoje ? Caso concordemos nos dá o endereço e a senha.
- Onde é ?
- Pelo que entendi, é um casal que tem um apartamento enorme, em um bairro chique, e gosta de fazer este tipo de coisa com amigos. Vamos ?
Embalado pelo desejo da Anita e da Laura, topou:
- Eu vou, mas se o negócio não estiver legal, nos caímos fora.
Às oito da noite, conforme o combinado, estavam no endereço. Era um prédio chique nos Jardins.  Pediram ao porteiro para informar que estavam ali e deram a palavra senha.
Ao entrarem, foram levados a uma saleta, onde tiraram a roupa e colocaram um roupão
Entraram em uma enorme sala. Havia uns dez ou quinze casais pelos cantos, sentados em sofás, todos de roupão.
Encontraram a Anita com o marido.
- Marisa, você veio, quem bom. Este é o Antunes meu marido. Oi, Arnaldo.
O Arnaldo já começou a se ajeitar ao lado da Anita, mas ela disse:
- A coisa funciona da seguinte forma. As oito e meia eles fecham a porta e ninguém mais entra. É diminuída a luz e cada um vai com quem quiser, homem, mulher. Pode ir até com a própria mulher, mas, não tem graça –  diz com uma risadinha – Olha a Laura aí com o marido.
O Arnaldo já estava ficando com a coisa dura. Foram feitas as apresentações e todos ficaram espalhados pelos cantos.
Quando deu o horário, as luzes foram diminuídas.
O Arnaldo largou sua mulher, atravessou a sala em direção a Anita, mas, quando chegou, um casal a estava agarrando. Virou-se rapidamente, procurando a Laura.
Havia duas mulheres com ela. Uma saboreando-a do equador para cima e outra para baixo.  Quando se aproximou, disseram que não queriam homem.
Olhou para sala. Por todos os lados era uma profusão de bundas, seios, pernas, braços e gemidos. Todos estavam ocupados.
Viu sua mulher com as pernas para o alto e dois homens sob ela.
Em um canto, ao lado, viu dois homens juntos.
-Que absurdo, estão se beijando!
De repente sentiu alguém passando a mão em sua bunda. Olhou para trás e viu um loiro atlético que lhe disse:
-Amor, vamos brincar?
- Sai prá lá.
Lembrou-se da música dos Mamonas: “já me passaram a mão na bunda e ainda não comi ninguém”.
Não teve dúvida, dirigiu-se para o interruptor, acendeu as luzes e berrou:
- MARISA, VAMBORA.